terça-feira, 27 de setembro de 2011

O fascínio pelos estranhos


Desde criança sou curioso. Um dos meus tios era professor de matemática e certo dia o encontrei corrigindo provas. Ele dava aulas a uma turma um ano à frente da minha. Numa das provas vi que um número menor "flutuava" perto de outro. Perguntei o que era. Foi assim que aprendi potenciação antes de ver na escola.

Com o tempo minha curiosidade foi crescendo, invadindo outras áreas de conhecimento e ganhando novos interesses. Hoje, uma das coisas que mais me fascina é gente. É comum estar num ambiente onde passam muitas pessoas e me perder em pensamentos tentando imaginar quem são, do que gostam, o que fazem, o que interessa a esses estranhos. Do que riem? Quais são seus hobbies? O que os deixa deslumbrados?

Gosto de imaginar que essas pessoas moram em casas bonitas, tem bons empregos e dão muitas risadas com os amigos. Eu prefiro fantasiar a arriscar uma conversa e descobrir a verdade. Afinal, na condição de Homo Sapiens, é muito pouco provável que eles estejam satisfeitos.

Tem gente que vê e trata os desconhecidos de forma diferente. Há alguns dias Vivi me mostrou um post sobre uma exposição de um maluco que sofre desse mesmo mal que eu. Só que o problema dele está em outro nível. Ele costuma abordar as pessoas, conversar um pouco com elas e ao final do encontro pedir pra tirar uma foto delas. Brilhante! Eu, sinceramente, não sei como reagiria se alguém me abordasse na rua perguntando sobre quem sou eu e pedindo pra tirar uma foto minha. Mesmo assim deve ser extasiante para o fotógrafo receber uma resposta positiva numa dessas tentativas.

Um outra ideia interessante (essa foi Yuri que me mostrou) é a de um cara que saiu nas ruas de Nova Iorque perguntando "Que música você está ouvindo?" a pessoas com fones de ouvido. Os resultados você pode ver aqui.

Muito bom saber que existem por aí pessoas curiosas pelas mesmas coisas que eu. Fico me perguntando o que vou fazer quando tiver a coragem que eles tem.