sábado, 28 de maio de 2011

Estante

Tudo começou com um retweet do @tarrask se autoprovendo. Ele recentemente foi convidado a escrever um post, para o blog de uma moça que não conheço, falando sobre o que há na estante dele. O post, apesar de descambar pra outro lado, saiu melhor que a encomenda. Ele acaba falando mais sobre as vantagens e desvantagens de trocar o papel por um e-reader do que sobre a bendita estante.

Fiquei com muita vontade de comprar um Kindle, mas pensando um pouco mais vi que talvez seja mais negócio comprar um iPad mesmo. Vão lá ler o texto. Passou no controle de qualidade desse que vos escreve.

Se você leu o post, sabe que a ideia de convidar pessoas pra falar sobre suas estantes não nasceu no menos um na estante, mas sim no de bubuia na bubuia (nome exótico, não?). Lá, além dessa seção, chamada de "minha estante" existem outras como: "música do dia", "stop motion, i love u", "indico" e mais algumas. De todas as que encontrei por lá as minhas favoritas foram "minha estante" e "a tatoo que eu queria ter feito".

Eu não sou fissurado por tatuagens. Me considero mutante demais pra coisas do tipo. Então o que vi de interessante em "a tatoo que eu queria ter feito"? Exatamente a outra metade da ideia: o que eu queria ter feito. Talvez eu crie até uma seção "Posts/blogs que eu gostaria de ter escrito". Quanto à estante, gostei tanto dessa ideia que eu ficaria feliz de ter pensado nela antes. Claro que não acredito que o de bubuia na bubuia foi o primeiro lugar a pensar e/ou executar isso. Mas foi o primeiro lugar onde vi, ora. Então podem esperar, em breve, um post com algumas fotos e comentários sobre o meu porta-livros. Porque, afinal de contas, blog é assim mesmo.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

1 dia (quase) sem reclamar

Quantos erros podem ter ensinar uma lição já no primeiro dia?

É um retorno bem rápido e quase nada tem o tempo de resposta tão curto.

Ontem, como vocês sabem, comecei o desafio dos 21 dias sem reclamar. Falhei, mas não me sinto derrotado ou fracassado. Hoje comecei novamente. Quero compartilhar um pouco do que pude observar nesse minha experiência (quase) livre de reclamações.

Estive na maior parte do tempo alerta para poder controlar o que dizer. É natural que seja assim, pois estou tentando mudar um comportamento que está enraizado na minha personalidade há muito. Com o passar dos dias reclamar menos vai se tornar mais natural e vou precisar de menos esforço pra isso.

Porém as lições, como era de se esperar, vem dos erros e não dos acertos. É fácil perceber as reclamações que você está prester a fazer e que consegue segurar e guardar para si. O problema está em detectar as que estão no "piloto automático", as que você fala e não percebe. Ontem me peguei deixando escapar quatros dessas.

A primeira foi quanto à conexão com a internet. Foi só a ocorrer a primeira intermitência que, inutilmente, me queixei dela.

A segunda me veio num momento em que olhei pro relógio, vi que era cedo e lembrei que era quarta. "Puta merda. Quarta. Ainda?", me escapou e em seguida me veio a consciência do que havia dito. Contador zerado.

Desdizendo o que eu disse antes: Na verdade as lições não vem dos erros, mas sim dessa consciência que vem no instante seguinte. Sem ela, os erros são inúteis.

Vocês não acham irritante aquela pessoa que, ao passar vinte segundos sem resposta no IM, já manda outra mensagem do tipo "oi?", "você tá aí?","responde!"? Eu acho. Foi ao ler uma dessas que cometi o terceiro erro. Sequer falei. Soltei um grunhido, um barulho entredentes, mas foi entendido pelas sentinelas do trabalho que tratava-se de uma reclamação.

A quarta e última história é curiosa. Num certo momento levantei pra tomar água e por acaso vi "RestartPraSempre" nos Trending Topics. Mandei um PQP! Um segundo depois eu já estava me autoflagelando mentalmente. Foi nesse instante que descobri que reclamar pra mim é quase um reflexo. E exatamente esse o ponto crucial a trabalhar.

Como disse ontem, a questão não é simplesmente parar de reclamar, mas sim mudar de atitude diante das situações desagradáveis que sugem no dia-a-dia.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

21 dias sem reclamar

O desafio surgiu de um artigo que um colega de trabalho comentou comigo.

Resumindo em uma frase: "Você deve passar 21 dias sem reclamar de absolutamente nada".

Eu estou animado com o desafio. Talvez seja somente porque na noite passada consegui dormir mais do que nos últimos 5 dias, mas não quero pensar sobre isso.

Já estou sentindo alguns benefícios, que podem muito bem vir de outra fonte, mas também não quero devanear sobre.

O fato é que o desafio propõe algo que não é o objetivo. Isso fica bem claro nas primeiras horas após assumir o compromisso de abandonar as reclamações. O benefício maior não é parar de reclamar, mas sim uma mudança de atitude.

Diante de um problema ou de uma situação desagradável você tem duas opções: Pode fazer algo pra mudar ou pode reclamar. Privado da segunda opção, não restam muitas escolhas.

Pensei em guardar o desafio pra mim mesmo. Não contar pra ninguém que estou me submetendo a essa provação. Mas num minuto percebi que isso seria trapacear. É preciso dizer pra todo mundo que você está com essa nova meta. Assim as pessoas tem liberdade para testar a sua força de vontade, seja te irritando ou whatever.

Eu sequer completei o primeiro dia, mas estou levando negócio a sério. Vejo que os dias que estão por vir podem ter uma porção de pequenos feitos e que posso acabar passando também, de tabela, 21 dias sem procrastinar. Por exemplo: esse é apenas o segundo post que consigo escrever de uma vez só, sem deixar para depois. Agora mesmo estou no trabalho e tenho certeza que pelo menos um dos meus chefes vai ler isso. Contudo não me sinto nem um pouco culpado. Acho que a empresa onde trabalho vai ser uma das beneficiadas dessa tentativa de mudança.

Antes de ir, somente mais uma coisa: A única estratégia que defini para os dias seguintes foi ter, novamente, uma hora para dormir e acordar. O poder de uma noite bem dormida é subestimado pela grande maioria das pessoas do mundo. Eu o conheço e quero de volta os seus benefícios.

Agora tenho que ir. Há uma lista de tarefas que me espera.